terça-feira, 30 de outubro de 2007
Regiões intermediárias
As questões se multiplicam. É que terrenos móveis são difíceis de tocar. Eles apresentam a vizinhança súbita de coisas, a princípio, sem relação. Foucault, em “As palavras e as coisas”, comenta o desconcerto provocado por regiões intermediárias, regiões já não recobertas por uma determinada ordem cultural e que, no entanto, ainda não apresenta uma nova ordem claramente legível. Será que estamos diante de regiões como estas? Regiões onde a cultura se distancia de algumas ordens que lhes são prescritas e ao mesmo tempo faz aparecer os elementos espontâneos que serão em si mesmo ordenáveis? Os trabalhos sobre esses formatos emergentes trazem características que nos ajudam a refletir sobre algumas tendências. Eles indicam mudanças que dizem respeito a elementos organizadores da experiência. Seriam estes alguns dos elementos espontâneos que sugerem a emergência de uma nova ordem cultural?
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2 comentários:
Olá pessoal,
penso que é importante pensar os novos formatos como demonstrações sociais da emergência de uma certa lógica sociocomunicacional, que permeia perspectivas estéticas, artísticas e sociocomunicacionais. Volto a insistir em minha velha questão: quais são as características marcantes do modelo de comunicação que delineia esses experimentos? Em que medida esse modelo reflete/inaugura questões?
Geane
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