quarta-feira, 31 de outubro de 2007

Palestra de kerchove pela internet

A Fundação Biblioteca Nacional e o Programa de Pós
Graduação em Comunicação da UERJ realizam a palestra
"Novos Hábitos de Leituras na Cibercultura", com o
Prof. Dr. Derrick deKerckhove, Diretor do McLuhan
Program in Culture and Technology, da Universidade de
Toronto. A palestra, que ocorrerá no dia 05/11, das 15hs às
17hs, terá transmissão online pela Embratel.
www.institutoembratel.org.br (acesse TV PontoCom).

3 comentários:

Anônimo disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anônimo disse...

Oi gente

Sobre o encontro na Oi, tenho algumas considerações..
Acho muito difícil desvincular qualquer tipo de caminho ou coordenada na rede de uma conotação política. Sabemos que o volume de informação é muito grande e que as possibilidades, infinitas. Mas em um ponto temos que concordar: o todo nunca é e nunca será captável, experimentável e apreensível em sua primazia.
Se assumirmos que a experiência da rede é singular e composta por deslocamentos hipertextuais, o conflito deixa de ser da ordem da organização do conteúdo por mecanismos de filtragem e passa a se tornar um elemento político e econômico.
Os mecanismos nos fornecem caminhos, atalhos, dicas e regras de deslocamento e apreensão da rede. Mas que pistas são estas? E até aonde nos levarão ou não nos levarão? Não concordo com algumas pessoas que teimam em aceitar alguma suposta transparência dos mecanismos políticos da rede, quase como se na internet, os conflitos e interesses humanos e econômicos fossem descartados e substituídos por uma cultura da salvação e do bem-comum. No debate isso ficou claro, até mesmo porque, conforme Wagner explicou, o ambiente colaborativo possui estratos de poder e segmentação meritocráticos. Acho que o jogo deve ser claro. Optaremos sim por atalhos e facilidades de organização da informação, mas que elas não sejam percebidas como uma estrutura inerente à rede. São construções simbólicas e humanas, são modos de visão e deslocamento pré-concebidos. Temos que pensar menos em um tipo de discurso teleológico, hi-tech, saturado e inconformado com a multiplicidade da experiência contemporânea em rede e mais em recortes de deslocamentos e apreensão dos conteúdos, pois afinal de contas, toda experiência será sempre um caminho, um trajeto, uma partícula do mundo e uma visão provisória e absolutamente particularizada.
Sobre isso, a fala do prof. Cabral me fez pensar em uma relação entre o espaço urbano e a cultura móvel. Se focarmos nosso olhar nas experiências individuais mas de certa forma coletivizadas dos dispositivos de comunicação móvel, pergunto se seria possível pensar um novo tipo de construção arquitetônica do espaço baseado na troca relacional de informações (por GPS por exemplo) e na modificação das condições de fruição. Penso que, com esta nova possibilidade de informação em fluxo, o conflito não seja tanto da ordem do real e do virtual, ou do material e do fluído, mas sim do hi-tech e do low-tech. O mundo e a experiência cotidiana, muitas vezes encarados a partir de um viés naturalista e extremamente organicista, podem ser apreendidos em sua sumariedade por uma viés tecnológico desde o momento em que o homem dominou a arte do "techné", do saber fazer.
E a tecnologia, nesta visão, não é algo que se opõe à matéria ou à experiência cotidiana, mas algo que a torna extremamente vibrante e acelerada. E se pensarmos nesta nova relação múltipla com o espaço urbano, com os diversos sujeitos espalhados fisicamente e as diferentes informações e imagens que poderíamos acessar em trânsito, o hi-tech adicionaria profundidade ao mundo ordinário low-tech.
E não se trata aqui de um profundidade informacional como substituta para a aura, alma, sensibilidade, contemplação ou epifania no mundo, mas como viés interpretativo das camadas de tempo e dos fragmentos humanos que se fixam a tudo que é sólido.

Hanny disse...

olá pessoal!
sou estudante de jornalismo. moro em vitória (es) e também estou pesquisando sobre novas mídias, mediações e tal. gostaria, se possível, do contato da Gabriela Jardim, pois minha discussão muito tem a ver com o que ela pesquisa. poderiam me passar?
se for possível, por favor, enviem para hannygb@gmail.com